domingo, 16 de junho de 2013

Folclore Brasileiro



Folclore Brasileiro


               Para conhecermos a história de um povo, de um país ou de uma região do país são importantes que conheçamos a sua cultura, suas tradições, ou seja, o seu folclore. O folclore é também uma forma de manifestação cultural dos povos. No Brasil o folclore recebe influências determinantes dos povos que aqui já habitavam como os índios, e os que vieram depois como os negros e os brancos.
Desde 1965, no Brasil, temos um dia oficial para comemoramos as nossas tradições folclóricas: o dia 22 de agosto é o dia do folclore. Fazem parte do nosso folclore as canções de ninar que são passadas de pais para filhos, cantigas de roda, brincadeiras, jogos, lendas e mitos, superstições, artes. Além disso, as danças típicas das regiões e as festas típicas como a Festa do Boi (do Boi-bumbá ou Bumba-meu-boi que recebe outros nomes dependendo do estado) as festas juninas, Carnaval, o Maracatu entre outras são todas manifestações do nosso folclore.
Os utensílios usados por nossos antepassados (brancos, negros e índios) para caça, pescam artesanato e outros, tudo faz parte do folclore. Folclore é cultura e quem estuda as tradições folclóricas de um povo estuda a sua história. Alguns estudiosos consagrados das tradições folclóricas do nosso país foram: Luís da Câmara Cascudo, Jerusa Pires Ferreira e Veríssimo de Melo. O autor Monteiro Lobato por meio das suas obras também ajudou a propagar lendas e mitos do Brasil.
O Brasil é um país muito grande, por isso cada região do país tem sua tradição folclórica. Algumas vezes o que muda é o nome de uma determinada festa, lenda ou outra tradição, outras vezes uma festa é mais tradicional em uma região do que em outra, assim como comida, música e danças.

Podemos definir o folclore como um conjunto de mitos e lendas que as pessoas passam de geração para geração. Muitos nascem da pura imaginação das pessoas, principalmente dos moradores das regiões do interior do Brasil. Muitas destas histórias foram criadas para passar mensagens importantes ou apenas para assustar as pessoas. O folclore pode ser dividido em lendas e mitos. Muitos deles deram origem a festas populares, que ocorrem pelos quatro cantos do país.
As lendas são estórias contadas por pessoas e transmitidas oralmente através dos tempos. Misturam fatos reais e históricos com acontecimentos que são frutos da fantasia. As lendas procuraram dar explicação a acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais. Os mitos são narrativos que possuem um forte componente simbólico. Como os povos da antiguidade não conseguiam explicar os fenômenos da natureza, através de explicações científicas, criavam mitos com este objetivo: dar sentido as coisas do mundo. Os mitos também serviam como uma forma de passar conhecimentos e alertar as pessoas sobre perigos ou defeitos e qualidades do ser humano. Deuses, heróis e personagens sobrenaturais se misturam com fatos da realidade para dar sentido à vida e ao mundo. 

Algumas Lendas, mitos e contos folclóricos do Brasil
   

                                                   

 
                    Boitatá - O nome boitatá vem da língua indígena e quer dizer cobra de fogo. Durante o dia o Boitatá não enxerga nada, à noite ele enxerga tudo. Diz a lenda que certa noite a lua não apareceu, nem as estrelas no céu, a escuridão era total, era um breu. Passado algum tempo, o sol também não surgiu e ficou tudo na escuridão por vários dias. As pessoas que moravam nos vilarejos estavam passando fome e frio. Não havia como cortar lenha para os braseiros que mantinham as pessoas aquecidas, nem como caçar naquela escuridão. Pra piorar tudo, começou a chover sem parar.
A chuva inundou tudo e muitos animais acabaram morrendo.
Uma cobra boiguaçu que dormia num imenso tronco acordou faminta e começou a comer os olhos de animais mortos que brilhavam boiando nas águas.
Alguns dizem que eles brilhavam devido à luz do último dia em que os animais viram o sol. De tanto olhos brilhantes que a cobra comeu, ela ficou toda brilhante como fogo e transparente.
A cobra se transformou num monstro incandescente, o Boitatá. Dizem que o Boitatá assusta as pessoas quando essas viajam na mata à noite. Mas muitos acreditam que o Boitatá protege as matas contra incêndios. De qualquer forma se você encontrar um Boitatá use óculos escuros ou feche os olhos e fique bem paradinho quase sem respirar.
                                   
                                         

                    Boto - O Boto é um animal mamífero, parecido com um golfinho, que vive nas águas dos rios. O Boto - cor-de-rosa rosa que deu origem à lenda do Boto vive nas águas da Bacia Amazônica Brasileira e da bacia do rio Orinoco na Venezuela. Podem chegar a medir quase três metros na idade adulta e apresentam podem apresentar coloração rosa, acinzentada (tucuxi) e preta.
Diz a lenda que ao anoitecer o Boto se transforma em um belo rapaz, alto e forte e sai a procura de diversão,festas e uma namorada. Vai a várias festas, dança muito, costuma beber bastante também. Antes do amanhecer ele tem que voltar para o rio, pois senão transforma-se em boto novamente.
Algumas pessoas relatam que o boto se transforma em um rapaz elegante, bem vestido e que sempre usa chapéu (para esconder um orifício que possui na cabeça).
Nas festas ele geralmente seduz alguma mulher bonita, casada ou não, convida para dançar e depois saem da festa para namorar.
Antes do amanhecer ele retorna ao rio, deixando a namorada que geralmente não torna a vê-lo. Pouco tempo depois a moça descobre que ficou grávida do tal moço.
Na região Amazônica sempre que uma moça solteira engravida suspeita-se logo que se trata de um filho do boto.
Dizem que o boto adora as índias e gosta muito de mulheres com roupas vermelhas.
                                      
                                                Curupira -  É uma lenda de origem indígena. Também chamado de Caiçara, Pai ou Mãe-do-mato, quando se imagina ser uma entidade mulher.Entre os índios Tupis-Guaranis, existia outra variedade de Curupira, chamada Anhanga, um ser maligno que causava doenças ou matava os índios. Há relatos de entidades semelhantes entre quase todos os indígenas das Américas Latina e Central.Dizem que ele é um menino de cabelos vermelhos e com os pés virados para trás, para despistar quem quiser segui-lo. Algumas pessoas descrevem o Curupira como um indiozinho montado em um porco selvagem, outros dizem que tem o corpo coberto por pêlos. Ele cuida dos animais das florestas, protegendo contra a devastação das florestas e a caça de animais. Quando entramos na mata e ouvimos barulhos estranhos pode ser ele. Ele é tão rápido que muitas vezes ao passar pela mata, parece um vento forte. Ao entrar numa mata deve-se levar uma oferenda para o Curupira, assim ao agradá-lo não se perderá na mata. O Curupira tem o poder de ressuscitar qualquer animal morto sem sua permissão. Os índios guaranis dizem que ele é o “Demônio da Floresta”. Há relatos dos jesuítas, na época da colonização do Brasil, de que os índios temiam muito o Curupira.


                                        
                     Lobisomen - Segundo a lenda se um casal que teve sete filhas tiver um menino depois este será um Lobisomem. Aos 13 anos começa a sofrer a maldição e se transforma em um Lobisomem.
Dizem alguns que há outras formas de passar a maldição adiante: quando um velho Lobisomem sente que vai morrer, ele fica sofrendo muito até passar o “encargo” a alguém mais moço. E não consegue morrer antes disso. Se tiver algum jovem por perto, ele pergunta: "Tu queres?". Ingenuamente o jovem responde “sim” acreditando ser uma herança ou um presente. Só assim o velho morre satisfeito, tendo passado a maldição adiante ele terá paz de espírito. Outra forma de sofrer da maldição é se um homem for atacado por um lobo ou por um lobisomem e sobreviver. O homem  que se transforma em Lobisomem é sempre bem magro, de olhos fundos, muito pálidos. Quase sempre mora sozinho, muitos o acham um pouco esquisito. As noites de Quinta para Sexta-feira são as noites da transformação, há pessoas que dizem que á transformação só ocorre nas noites de lua cheia. Ele retorna à forma humana antes do dia clarear. Seu uivo é de arrepiar!
Ataca qualquer um que cruzar o seu caminho tem gente que diz que ele só ataca se sentir-se ameaçado. Em alguns lugares do Brasil e do mundo, pois essa é uma lenda comum em vários países, referem-se ao Lobisomem como um ser imortal, que não envelhece, não fica doente e se machucado possui uma cicatrização rápida. Dessa forma, só é possível matar o Lobisomem com um revólver que utilizar uma bala de prata.
                                                     
                       Mãe-D’água - Lenda de origem indígena, muito comum na região Amazônica. Ela é uma sereia, metade mulher (da cintura pra cima) e metade peixe (da cintura pra baixo). Possui longos e lindos cabelos, alguns dizem que parece uma índia com cabelos negros, outros dizem que possui cabelos loiros ou até ruivos.
 Ela hipnotiza os homens com o seu canto e com o seu olhar. Ao ouvirem seu canto lançam-se nas águas para irem ao seu encontro e na maioria das vezes acabam morrendo afogados.
Ela sai da sua casa no fundo do mar, ou do lago ou do rio, geralmente no final da tarde e surge linda e sedutora a procura de um companheiro. É difícil um homem resistir ao seu canto hipnotizador ou à sua beleza. Por isso meninos ao se depararem numa situação dessas tapem os ouvidos e procurem não olhar para ela.
                                               

                         Corpo-Seco - É uma espécie de assombração que fica assustando as pessoas nas estradas. Em vida, era um homem que foi muito malvado e só pensava em fazer coisas ruins, chegando a prejudicar e maltratar a própria mãe. Após sua morte, foi rejeitado pela terra e teve que viver como uma alma penada.   

                              
Pisadeira - É uma velha de chinelos que aparece nas madrugadas para pisar na barriga das pessoas, provocando a falta de ar. Dizem que costuma aparecer quando as pessoas vão dormir de estômago muito cheio.  

                                
                                                Mula-sem-cabeça - Dizem que é uma mulher que namorou um padre e foi amaldiçoada. Daí por diante, toda madrugada de quinta para sexta-feira ela se transforma em Mula-sem-cabeça. Ela percorre sete povoados e quem ela encontrar pelo caminho ela ataca, come seus olhos, unhas e dedos. Quem já a viu costuma dizer que apesar do nome ela tem cabeça sim, mas como lança fogo pelo nariz e pela boca, sua cabeça fica toda coberta por fumaça. Nas noites em que ela aparece é possível se escutar seus relinchos e seu galope, parece um cavalo enfurecido. Ao encontrar a mula deve-se deitar no chão, esconder unhas e dentes para não ser atacado. Se alguém corajoso conseguir arrancar os freios da sua boca a maldição é quebrada para sempre e ela vira mulher novamente.

                                               

                        Mãe-de-ouro - Representada por uma bola de fogo que indica os locais onde se encontra jazidas de ouro. Também aparece em alguns mitos como sendo uma mulher luminosa que voa pelos ares. Em alguns locais do Brasil, toma a forma de uma mulher bonita que habita cavernas e após atrair homens casados, os faz largar suas famílias.   
                            
        Saci-Pererê - O Saci-Pererê é representado por um menino negro que tem apenas uma perna. Sempre com seu cachimbo e com um gorro vermelho que lhe dá poderes mágicos. Vive aprontando travessuras e se diverte muito com isso. Adora espantar cavalos, queimar comida e acordar pessoas com gargalhadas


                        Diabinho da garrafa - um homem criar um diabo para então enriquecer. O diabinho da garrafa é também conhecido como Famaliá, Cramulhão, Capeta da Garrafa, entre outros nomes.
É uma lenda que veio para o Brasil herança do folclore Português. Na Bahia desde 1591 ouve-se falar dessa lenda.
Inicialmente, chamavam o mesmo de "Familiar" (diabinho familiar), mas, com o tempo, o nome foi mudando até que se ficou conhecido como "Famaliá”. Dizem tratar-se do pacto de uma pessoa com o diabo. O pacto consiste, na maioria das vezes, em uma troca, a pessoa pede riqueza em troca sua alma fica pertencendo ao diabo. Depois de feito o pacto, a pessoa tem que conseguir um ovo que dele nascerá um diabinho (de mais ou menos uns 15 cm). Em algumas regiões do Brasil acredita-se que ele pode nascer de uma galinha fecundada pelo diabo, em outras acredita-se que ele nasce de um ovo colocado por um galo. Para conseguir o tal ovo, a pessoa deve procurá-lo durante o período da quaresma, e na primeira sexta feira após conseguir o ovo, a pessoa vai até uma encruzilhada, à meia- noite, com o ovo debaixo do braço esquerdo, após passar o horário retorna para casa e deita-se na cama. No fim de 40 dias aproximadamente, o ovo é chocado e nascerá o diabinho.
Em posse do diabinho, a pessoa coloca-o logo numa garrafa e a fecha. Com o passar dos anos o diabinho enriquece o seu dono, e no final da vida leva a sua alma para o inferno.


É comemorado com eventos e festas, no dia 22 de Agosto, aqui no Brasil, o Dia do Folclore.
Em 2005, foi criado do Dia do Saci, que deve ser comemorado em 31 de outubro. Festas folclóricas ocorrem nesta data em homenagem a este personagem. A data, recém criada, concorre com a forte influência norte-americana em nossa cultura, representada pela festa do Halloween - Dia das Bruxas.
Muitas festas populares, que ocorrem no mês de Agosto, possuem temas folclóricos como destaque e também fazem parte da cultura popular.
 
As parlendas são versinhos com temática infantil que são recitados em brincadeiras de crianças. Possuem uma rima fácil e, por isso, são populares entre as crianças. Muitas parlendas são usadas em jogos para melhorar o relacionamento entre os participantes ou apenas por diversão. Muitas parlendas são antigas e, algumas delas, foram criadas, há décadas. Elas fazem parte do folclore brasileiro, pois representam uma importante tradição cultural do nosso povo.

                      I.                    Um, dois, feijão com arroz.
Três, quatro, feijão no prato.
Cinco, seis, chegou minha vez
Sete, oito, comer biscoito
Nove, dez, comer pastéis.

                    II.        Serra, serra, serrador! Serra o papo do vovô!         Quanta tábua já serrou?
Uma delas diz um número e as duas, sem soltarem as mãos, dão um giro completo com os braços, num movimento gracioso.
Repetem os giros até completar o número dito por uma das crianças.

                   III.        Um elefante amola muita gente...
Dois elefantes... amola, amola muita gente...
Três elefantes... amola, amola, amola muita gente...
Quatro elefantes amola, amola, amola, amola muito mais...
(continua...)

                  IV.        - Cala a boca!
– Cala a boca já morrei
Quem manda em você sou eu!

                   V.        - Enganei um bobo...
Na casca do ovo!
                  VI.        Dedo Mindinho
Seu vizinho,
Maior de todos
Fura-bolos
Cata-piolhos.


 


 

As danças sempre foram um importante componente cultural da humanidade. O folclore brasileiro é rico em danças que representam as tradições e a cultura de uma determinada região. Estão ligadas aos aspectos religiosos, festas, lendas, fatos históricos, acontecimentos do cotidiano e brincadeiras. As danças folclóricas brasileiras caracterizam-se pelas músicas animadas (com letras simples e populares) e figurinos e cenários representativos. Estas danças são realizadas, geralmente, em espaços públicos: praças, ruas e largos

                                           I.        Samba de roda - Estilo musical caracterizado por elementos da cultura afro-brasileira. Surgiu no estado da Bahia, no século XIX. É uma variante mais tradicional do samba. Os dançarinos dançam numa roda ao som de músicas acompanhadas por palmas e cantos. Chocalho, pandeiro, viola, atabaque e berimbau são os instrumentos musicais mais utilizados.

                                          II.        Miracatu - Estilo musical caracterizado por elementos da cultura afro-brasileira. Surgiu no estado da Bahia, no século XIX. É uma variante mais tradicional do samba. Os dançarinos dançam numa roda ao som de músicas acompanhadas por palmas e cantos. Chocalho, pandeiro, viola, atabaque e berimbau são os instrumentos musicais mais utilizados.

                                         III.        Frevo - Este estilo pernambucano de carnaval é uma espécie de marchinha muito acelerada, que, ao contrário de outras músicas de carnaval, não possui letra, sendo simplesmente tocada por uma banda que segue os blocos carnavalescos enquanto os dançarinos se divertem dançando. Os dançarinos de frevo usam, geralmente, um pequeno guarda-chuva colorido como elemento coreográfico.

                                        IV.        Baião - Este estilo pernambucano de carnaval é uma espécie de marchinha muito acelerada, que, ao contrário de outras músicas de carnaval, não possui letra, sendo simplesmente tocada por uma banda que segue os blocos carnavalescos enquanto os dançarinos se divertem dançando. Os dançarinos de frevo usam, geralmente, um pequeno guarda-chuva colorido como elemento coreográfico.
                                                                                                             
                                         V.        Catira - Também conhecida como cateretê, é uma dança caracterizada pelos passos, batidas de pés e palmas dos dançarinos. Ligada à cultura caipira, é típica da região interior dos estados de São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Goiás e Mato Grosso. O instrumento utilizado é a viola, tocada, geralmente, por um par de músicos.

                                        VI.        Quadrilha - É uma dança típica da época de festa junina. Há um animador que vai anunciando frases e marcando os momentos da dança. Os dançarinos (casais), vestidos com roupas típicas da cultura caipira (camisas e vestidos xadrezes, chapéu de palha) vão fazendo uma coreografia especial. A dança é bem animada com muitos movimentos e coreografias. As músicas de festa juninas mais conhecidas são: Capelinha de Melão, Pula Fogueira e Cai,Cai balão.

 
Trata-se de uma modalidade de Parlenda. É uma arrumação de palavras sem acompanhamento de melodia, mas às vezes rimada, obedecendo a um ritmo que a própria metrificação lhe empresta. A finalidade é entreter a criança, ensinando-lhe algo. No interior, aí pela noitinha, naquela hora conhecida como “boca da noite”, as mulheres costumam brincar com seus filhos ensinando-lhes parlendas, brinquedos e trava-línguas. Uma das mais comuns é a elas ensinam aos filhos apontando-lhes os dedinhos da mão – Minguinho, seu vizinho, pai de todos, fura bolo e mata piolho. Cascudo (Literatura Oral no Brasil, 1984) incluiu o trava - língua nos contos acumulativos, seguindo a classificação de Antti Aarne / Stith Thompson, com o que não concorda Almeida (Manual de coleta folclórica, 1965), dizendo que os trava-línguas muitas vezes não são histórias, mas jogos de palavras difíceis de serem pronunciadas. São antes brincadeiras. Todos os trava-línguas são propostos por fórmulas tradicionais, como: ''fale bem depressa '', ''repita três vezes '‘, ''diga correndo '' e similares. O importante no trava-língua é que ele deve ser repetido de cor, várias vezes seguidas e tão depressa quanto possível. Lido, e devagar, perde a graça e a finalidade

                     I.        Maluca - Tinha tanta tia tantã.
Tinha tanta anta antiga.
Tinha tanta anta que era tia.
Tinha tanta tia que era anta.

                    II.        Não confunda - Não confunda ornitorrinco
Com otorrinolaringologista,
Ornitorrinco com ornitologista,
Ornitologista com otorrinolaringologista,
Porque ornitorrinco é ornitorrinco,
Ornitologista, é ornitologista,
E otorrinolaringologista é otorrinolaringologista.

                   III.        O tecelão - Tecelão tece o tecido
Em sete sedas de Sião
Tem sido a seda tecida
Na sorte do tecelão

                  IV.        Mafagafos - Um ninho de mafagafa
Com sete mafagafinhos
Quem desmafagaguifá
Bom desmafagaguifador será.

                   V.        Tempo - O tempo perguntou ao tempo,
Quanto tempo o tempo tem,
O tempo respondeu ao tempo,
Que não tinha tempo,
De ver quanto tempo,
O tempo tem.

                  VI.        O desenladrilhador - Essa casa está ladrilhada.
Quem a desenladrilhará?
O desenladrilhador que a desenladrilhar,
Bom desenladrilhador será!


Alimentos e pratos típicos de determinada região, preparados com tradições transmitidas por gerações.
Alguns exemplos:
·         Feijoada (+ comum no RJ)
·         Feijão tropeiro (MG)
·         Baião-de-dois (CE)
·         Pato-no-tucupi (norte)
·         Buchada de bode
·         Sopa de jerimum com leite
·         Churrasco- comum no Sul do Brasil
·         Macaxeira
·         Carne de sol
·         Arroz carreteiro (sul)

 Artesanatos

Expressão através da arte com as mãos, da habilidade manual e criatividade, originando peças de barro, palha, tecido, couro, papel, fibras, areia e materiais diversos. É considerado artesanato folclórico todo objeto produzido por métodos caseiros.
·         Trabalhos manuais – escultura, desenhos com areia colorida em garrafa, objetos em madeira, palha, madeira
·         Rendas – roupas, lençóis, toalhas, renda
·         Crochê
·         Cerâmica
·         Couro
·         Retalhos
·         Fuxico

   Supertições

Sentimento de veneração que se funda no temor ou na ignorância, e que leva ao cumprimento de falsos deveres. A confiança em coisas fantásticas e ineficazes (crendice). Os supersticiosos se utilizam de várias opções para conseguir sorte ou realizar desejos.
Exemplos de crendices:
                                           I.        Viu uma vassoura caída? É indício de má sorte.
                                          II.        Sua mão esquerda coçou? É dinheiro que vai entrar.
                                         III.        Quer se livrar de pessoas indesejáveis? Coloque uma vassoura atrás da porta.
                                        IV.        Alho (evita mau olhado)
                                         V.        Arruda (planta – protege ambiente)
                                        VI.        Talismã (trevo de quatro folhas traz sorte)

Brincadeiras do folclore

Além dos contos, danças, festas e lendas, o folclore brasileiro é marcado pelas tradicionais brincadeiras. As brincadeiras folclóricas são aquelas que passam de geração para geração. Muitas delas existem há décadas ou até séculos. Costumam sofrer modificações de acordo com a região e a época, porém, a essência das brincadeiras continua a mesma da origem.

Grande parte das brincadeiras folclóricas envolve disputas individuais ou em grupos. Possibilitam também a integração e o desenvolvimento social e motor das crianças. 
A preservação destas brincadeiras é muito importante para a manutenção da cultura folclórica. Por isso, são muito praticadas, principalmente, durante o mês de agosto que é destinado ao folclore.

   Jogos, brincadeiras e brinquedos do folclore

                                           I.        Soltar pipa - as pipas, também conhecidas como papagaios, são feitas de varetas de madeira e papel. Coloridas, são empinadas (soltadas) pelos meninos em dias de vento. Com uma linha, os garotos conseguem direcionar e fazer malabarismos no céu.
                                          II.        Estilingue - também conhecidos como bodoques, são feitos de galhos de madeira e borracha. Os meninos usam pedras para acertar alvos (latas, garrafas e outros objetos). 
                                         III.        Pega-pega - esta brincadeira envolve muita atividade física. Uma criança deve correr e tocar outra. A criança tocada passa  ter que fazer o mesmo.
                                        IV.        Esconde-esconde - o objetivo é se esconder e não ser encontrado pela criança que está procurando. A criança que deverá procurar deve ficar de olhos tapados e contar até certo número enquanto as outras se escondem. Para ganhar, a criança que está procurando deve encontrar todos os escondidos e correr para a base.
                                         V.        Boneca de pano - feitas pelas mães e avós, são usadas em brincadeiras pelas meninas para simular crianças integrantes de uma família imaginária.
                                        VI.        Bolinha de gude - coloridas e feitas de vidro, são jogadas no chão de terra pelos meninos. O objetivo é bater na bolinha do adversário para ganhar pontos ou a própria bola do colega.
                                      VII.        Pião - a brincadeira de pião ainda faz muito sucesso, principalmente, nas regiões do interior do Brasil. Feitos de madeira, os piões são rodados no chão através de um barbante que é enrolado e puxado com força. Muitas crianças pintam seus piões. Para deixar mais emocionante a brincadeira, muitos meninos fazem malabarismo com os piões enquanto eles rodam. O mais conhecido é pegar o pião com a palma da mão enquanto ele está rodando.
                                     VIII.        Ioiô, amarelinha, passa anel, Bola queimada e brincadeira de roda.



                 O folclore é um conjunto de todas as tradições, lendas e crenças de um país, pode ser percebida na alimentação, linguagem, artesanato, religiosidade e vestimentas de uma nação. É o modo que um povo tem para compreender o mundo em que vive.
O folclore brasileiro, um dos mais ricos do mundo, formou-se ao longo do tempo dos anos, principalmente por índios, brancos e negros.



REFERÊNCIAS
http://www.qdivertido.com.br/folclore.php (Folclore brasileiro - história, lendas, mitos, contos, festas... Mitos e lendas do Brasil, mitologia, contos e lendas populares, lendas e mitos da cultura popular brasileira, festividades, festas populares, Saci-Pererê...)
http://www.suapesquisa.com/folclorebrasileiro (O Folclore nacional - mitos e lendas do folclore do Brasil - História do Folclore Nacional, Mitos e lendas do Brasil, mitologia, contos e lendas populares, folclore nordestino, o que é folclore, lendas do folclore,... Folclore brasileiro - Trava línguas - parlendas - Lenda da i